Tipos de biometria: conheça os principais
Se não todos os dias, pelo menos alguma vez nas últimas semanas você deve ter passado por algum procedimento biométrico. Apesar do uso frequente da tecnologia, muitas pessoas nunca se perguntaram quantas e quais são os principais tipos de biometria, como funcionam e qual a diferença entre elas.
As tecnologias biométricas têm ajudado a aumentar a segurança na identificação de pessoas e na certificação da veracidade em autenticação de indivíduos. Não por menos, ela está em todos os setores que nos rodeiam e é amplamente usada em dispositivos indispensáveis como os smartphones.
O aumento das interações digitais culminou, por uma parte, na evolução dos métodos de falsificação de identidade. Isso contribuiu para o avanço das tecnologias de identificação e autenticação de pessoas.
Biometria como solução
Para lidar com essa problemática, apostaram na criação de uma base de dados que relaciona a biometria com a pessoa, pois o que é mais único e indivisível que a sua própria identidade?
Características particulares como a impressão digital, a disposição dos vasos sanguíneos presentes na retina, a membrana da íris, características da face e da voz e até traços no formato da orelha são alguns tipos de informações que são passíveis de identificação biométrica e que podem ser posteriormente consultadas para validação de identidade.
Na prática, esse tipo de solução pode ser facilmente encontrada na maioria dos smartphones que habilitam o desbloqueio de tela a partir da leitura de impressões digitais e reconhecimento de face.
O reconhecimento por voz ficou bastante popular em assistentes virtuais e outros dispositivos inteligentes baseados em IoT (Internet das coisas) e talvez o menos conhecido, o reconhecimento de orelhas, que pode ser utilizado para o cadastro de recém-nascidos.
Identificação e autenticação
A associação de pessoa e identidade é composta por etapas de Identificação e Autenticação.
Na primeira, é realizada a coleta da biometria do indivíduo, estabelecendo uma nova identidade, que até então é desconhecida da base de dados a qual fará parte, para que posteriormente seja possível pesquisar a quem pertence a biometria cadastrada, ou seja, que haja a identificação através da base de dados existente. É possível que uma mesma pessoa faça esse procedimento de cadastro diversas vezes, dependendo da organização que está coletando esses dados.
Isso acontece porque na maioria dos casos, essas informações são pertinentes à empresa que realizou o cadastro, de forma privativa, não sendo acessíveis a outras instituições. Em alguns casos, bases públicas podem ser consultadas para ter acesso aos dados.
A finalidade da etapa de Identificação é criar a relação entre a pessoa e a biometria para que ela seja utilizada na segunda etapa que é a Autenticação.
Nesse ponto, a análise biométrica é responsável por confirmar ou negar a identidade fornecida, comparando com os dados previamente inseridos.
Agora que já se sabe as etapas do processo biométrico, conheça quais os tipos de biometria.
Principais tipos de biometria
1. Impressão digital
Um dos métodos mais populares, de alta confiabilidade e menor custo, quando comparado aos outros tipos.
Estudos relatam que a distinção de pessoas através do desenho das linhas presentes na ponta de seus dedos, o que chamamos de digital, iniciou-se muito antes que qualquer tecnologia viesse a digitalizar de alguma forma esse processo.
Registros de digitais em tábuas de barro já eram utilizados na dinastia chinesa Tang no ano 800 D.C. para contribuir em potenciais investigações criminais e cadastro de compradores. Um pouco mais recente a isso, a cédula de identidade brasileira vem utilizando o mesmo método há várias gerações.
Um dos principais fatores que tornam essa técnica segura é o fato de que os traços presentes nas digitais pouco se alteram com o passar do tempo e são considerados únicos à uma pessoa.
Além disso, sua coleta é simples, não invasiva e também pode ser sem toque, conhecida como biometria touchless. A Vsoft desenvolve há anos tecnologias que permitem a coleta de impressões digitais e reconhecimento facial através de captura fotográfica, sem necessidade de contato com dispositivos eletrônicos.
A distinção entre as diferentes digitais se dá pela análise das minúcias que representam pequenas irregularidades ou acidentes morfológicos em nossos dedos, formando o desenho dactiloscópico, nome dado ao tipo de exame que identifica impressões digitais.
Por mais único e seguro que esse meio de coleta possa ser, algumas pessoas ainda apresentam dificuldades ao tentar estabelecer uma relação de identidade com esse tipo de biometria.
Isso acontece devido a ausência de características mais expressivas nas linhas dos dedos, seja por sua concepção natural ou pela presença de fatores atenuantes como cicatrizes ou desgaste dos dedos pelo uso constante de determinados tipos de produtos químicos.
Por essas e outras ocorrências, é necessário o estudo de outros tipos de biometria, para que todos possam ser identificados e usufruir das soluções que a biometria traz.
2. Reconhecimento facial
Hoje, esse tipo de aplicação é facilmente reconhecida por ser utilizada em dispositivos tidos como inseparáveis: os smartphones. Basta que o usuário proprietário olhe para a tela do celular e ele desbloqueará o seu conteúdo.
A grande quantidade de smartphones com câmeras distribuída entre a população, ajudou a propagar esse tipo de tecnologia, pois ela depende da captura da imagem do rosto a ser identificado.
Sua ampliação fez algumas marcas mais populares, como a Apple, substituírem a ação de desbloqueio, antes realizada por reconhecimento de impressões digitais em modelos mais antigos, pelo reconhecimento facial nos modelos mais novos.
Outra utilidade bastante propagada é a prova viva de usuário ou liveness. Realizada através de biometria facial, a técnica exige que o usuário realize algum comportamento espontâneo, como fechar os olhos e mexer a cabeça, para certificar de que a ação está sendo reproduzida por uma pessoa viva e não por uma impressão.
Esse tipo de biometria é fruto dos esforços para acirrar a segurança de processos fraudulentos. Você pode conhecer mais sobre a tecnologia liveness, desenvolvida pela Vsoft, neste link.
Bem como o primeiro método, sua coleta não exige contato físico da pessoa com o aparelho coletor, sendo considerada uma forma mais higiênica, principalmente em períodos de alta propagação de doenças infecto contagiosas.
Uma das formas de classificar o reconhecimento facial é analisando geometricamente as posições relativas às características faciais como olhos, boca e nariz, criando-se uma espécie de template identificador do indivíduo.
Bem como na detecção de impressões digitais, no reconhecimento facial também existe a possibilidade de haver falhas como mais de uma pessoa com características faciais similares, o que pode prejudicar a sua integridade. Para contornar isso, uma prática comum é utilizar o reconhecimento facial combinado com outro tipo de identificação biométrica.
Outro ponto de atenção são erros ocasionados pela posição da cabeça no momento da captura, o que pode impactar na análise de confirmação de identidade, ocasionando falsos negativos, ou seja, quando a resposta correta é positiva, porém o sistema acusa-a como negativa.
3. Reconhecimento por voz
Um dos pontos mais relevantes desse tipo de biometria é permitir maior integração e independência de pessoas portadoras de necessidades especiais na execução de atividades que podem ser acionadas por comandos de voz.
Por ser um recurso utilizado com frequência, muitas vezes a quantidade de dados transmitidos na fala passa despercebida. Porém, basta refletir um pouco sobre o assunto para compreender que é possível extrair várias informações através do tom, das palavras utilizadas, do volume e da forma de falar de um indivíduo.
Essas características também são relevantes na classificação e autenticação de pessoas ao utilizar essa técnica como biometria.
Um sistema típico de reconhecimento de voz utiliza somente um microfone como receptor e realiza a extração, armazenamento e comparação dos padrões detectados. Como a voz também é considerada uma característica identificadora individual, ou seja, dificilmente existirá pessoas que falam da mesma forma, quando analisada em todos os seus aspectos, esse dado é reconhecido como método biométrico.
Além do propósito de cadastro e verificação de pessoas, o reconhecimento por voz também é facilmente encontrado em softwares que realizam a transcrição do que foi dito para texto, permitindo que comandos computacionais sejam executados a partir de comandos falados.
Apesar de existirem recursos de anulação de ruídos, um dos principais obstáculos encontrados é a presença de outros barulhos no ambiente, como a fala de outras pessoas presentes, que podem comprometer tanto a coleta cadastral quanto a confirmação de identidade.
A distância entre o locutor e o microfone também pode gerar distorções, além de que o tom da voz tende a mudar com o passar do tempo, carecendo de uma nova configuração. Para maior eficácia, recomenda-se utilizar em conjunto com outro tipo de biometria.
4. Reconhecimento de orelhas
Apesar de ainda não ser tão popular, alguns estudos apontam vantagens desse método em relação ao reconhecimento de face, visto que ambos são coletados a partir da captura de imagens.
Distribuição mais uniforme das cores, menor variedade de expressões e orientações possíveis e a menor necessidade de resolução espacial tornam o reconhecimento de orelhas uma alternativa relevante.
Um dos fatores que tornam a biometria de orelhas tão importante é a sua capacidade de aplicação na identificação de recém-nascidos.
Todos os métodos anteriores possuem eficácia comprovada e já podem ser encontrados em softwares de autenticação biométrica, principalmente em entidades corporativas que desejam manter cadastro e autenticação de colaboradores, porém nenhum deles é tão adequado para os primeiros estágios da vida de um indivíduo quanto a coleta de traços da orelha.
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Conhecendo os principais tipos de biometria, pode-se perceber como o constante desenvolvimento da tecnologia auxilia a diversos tipos de pessoas, dos com necessidades especiais a recém-nascidos.
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Nathalie Kato
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