Qual a importância de acompanhamento de OKRs?
Nos últimos textos em que falamos sobre OKRs, abordamos as perspectivas de planejamento e implementação – como fazer e o que se evitar.
Nesta terceira parte, o foco será compreender que a metodologia necessita pontos de verificação constantes de acertos, possibilidades de melhorias e lições aprendidas para que possam colher os benefícios esperados por todos os envolvidos. Veremos a seguir como realizar o acompanhamento dos OKRs.
Para conhecer mais sobre o que é e como implementar OKRs, clique nestes links.
Como e por que acompanhar os resultados
Conforme falado no último texto sobre os OKRs, um dos erros mais comuns na implementação da metodologia é o não acompanhamento da gestão dos OKRs. Isso significa que a adoção mais profunda da metodologia pelos times dá-se com o tempo e com a prática organizacional.
Pensando nesse contexto, percebemos que o acompanhamento e fixação dos objetivos deve acontecer através de reuniões periódicas, em que os avanços e dificuldades de cada time sejam apresentados para a organização.
John Doerr, em seu livro “Avalie o que Importa”, defende essa necessidade de tornar o compartilhamento de resultados parciais dos OKRs cada vez mais recorrentes na empresa. Para isso, é importante transformar os dados em informações concretas para a análise e conhecimento das entregas realizadas.
O autor também reforça a importância de manter os dados atualizados quando cita que “sejam boas ou más notícias, a realidade chega para todos”, indicando que para atingir bons resultados, é fundamental conhecer o andamento.
Qual a frequência ideal de acompanhamento dos resultados?
Na mesma obra mencionada anteriormente, John Doerr especifica que o ideal é que as reuniões de andamento das estratégias, chamadas check-ins, devem ocorrer semanalmente, para identificar possíveis variáveis que possam impactar negativamente o alcance dos resultados esperados.
Essa periodicidade reforça a agilidade na gestão proposta pelos OKRs, por incentivar a constante atualização dos objetivos. Somente com a adequação do planejamento dos esforços é possível deixar os OKRs sempre relevantes e próximos dos colaboradores, espelhando e publicizando suas contribuições para a organização.
Como consequência do acompanhamento constante, Doerr traz 4 dicas de atitudes a serem tomadas durante os check-ins realizados em qualquer ponto do ciclo de OKRs vigente, são elas:
1. Continuar: permanecer no caminho até então percorrido. Se o plano não apresenta falhas e o avanço das metas está conforme o esperado, continue.
2. Atualizar: rever metas que têm necessidade de atenção, buscando alternativas para adaptar esforços de análise à possibilidade de ajuste de cronograma ou adoção de novas iniciativas.
3. Começar: iniciar um novo ciclo intermediário que permita a inclusão de uma nova meta que apresente ganhos eminentes de oportunidade.
4. Parar: abandonar metas que já não fazem sentido para a organização ou que evidentemente não trarão os resultados desejados.
Vale ressaltar que o descarte de objetivos antes do final do ciclo deve vir acompanhado de ações que garantam que ao menos os ensinamentos decorrentes dessa experiência possam, de fato, ser úteis para a organização.
Nesses casos, em primeiro lugar, todos os times envolvidos e dependentes desse objetivo devem ser avisados. Em seguida, deve-se refletir sobre o que levou ao descarte: o que não se previu durante o planejamento do ciclo e como podemos reforçar pontos relevantes para estabelecimento dos objetivos no futuro?
Acompanhamento e análises de resultados
O envolvimento de todos os times é indispensável durante o processo de OKRs: desde o planejamento até o acompanhamento.
O ideal é que a construção dos objetivos seja feita com a contribuição de todos, baseando-se nas metas institucionais. Portanto, nada mais justo que o compartilhamento de resultados seja feito com todos os envolvidos.
Doerr reitera que quando todos conseguem identificar-se nas metas e entregas, o engajamento dos times é facilitado.
Quanto ao posicionamento estratégico para o período macro vigente, é importante que os líderes tenham momentos entre si para discussão sobre o desdobramento dessas estratégias. Nessas reuniões muitas validações são realizadas e alinhadas às expectativas da alta liderança e demais stakeholders da organização.
Termos como “prestação de contas” são comumente utilizados para identificar as apresentações dos avanços estratégicos para diretores e C-level.
Para melhor aproveitamento dessas reuniões, é indicado alinhamento prévio à prestação de contas com outras áreas, em busca de justificar metas não alcançadas.
Nesse ponto, cada líder é responsável por coordenar os objetivos de seu setor e montar uma apresentação sucinta de seus esforços de acordo com sua equipe ou demais contribuintes da organização.
Após o planejamento, é chegada a hora da reunião estratégica. Nela, deve-se focar nos resultados realmente obtidos. Já com as entregas que tiveram rendimento abaixo do esperado, precisa-se de uma breve justificativa, de modo a permitir que o C-level possa ter mais tempo disponível no encontro para realizar redirecionamentos com base em informações assertivas e diretas.
Por fim…
Como tratado no texto, os momentos de análise crítica dos resultados obtidos em busca do cumprimento dos OKRs são de crítica importância para verificar, continuamente e de forma estratégica, o avanço dos objetivos propostos.
Para isso, faz-se necessário garantir momentos de apresentação dos resultados de cada período sem medo, pois, antes de tudo, é a busca de check-ins operacionais e estratégicos frequentes que vão possibilitar o remanejamento de esforços e readequação do percurso.
Agora que você já conhece o valor do acompanhamento dos OKRs, que tal não cometer mais erros também em sua implementação? Saiba como clicando aqui.
Luiz Guilherme Araujo
Posts relacionados
Todos os postsNão perca as nossas atualizações!
Assine para receber a newsletter da Vsoft e fique por dentro do mundo da identificação e tecnologia.